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O Alzheimer é geralmente associado ao envelhecimento, com os primeiros sintomas se manifestando após os 65 anos. No entanto, em casos de Alzheimer familiar—onde há uma predisposição genética—os sinais podem surgir bem antes. Um estudo publicado em 2019 no periódico eLife revelou que pessoas com histórico familiar de Alzheimer podem começar a mostrar déficits de memória e dificuldades de aprendizado a partir dos 25 anos, quando comparadas a indivíduos da mesma faixa etária sem parentes com a doença.
O estudo sugere que esses efeitos são mais acentuados em homens, especialmente aqueles com menor escolaridade, diabetes, e uma variante genética comum no gene APOE, associado ao risco de Alzheimer. A identificação precoce desses sinais é crucial, pois, embora a demência ainda não tenha cura, o diagnóstico precoce pode permitir a adoção de medidas preventivas para retardar a progressão da doença.
Sinais Precoces do Alzheimer: O que Observar?
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Outro sinal precoce associado às doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, é a alteração ou perda do olfato, que tende a ser irreversível. Essa alteração pode indicar que o cérebro está sofrendo mudanças significativas.
Além desses, outros sinais iniciais incluem:
- Problemas de memória que afetam atividades diárias e o trabalho.
- Dificuldade para realizar tarefas habituais.
- Dificuldade de comunicação, com palavras "fugindo."
- Desorientação no tempo e no espaço.
- Diminuição na capacidade de julgamento e crítica.
- Dificuldade de raciocínio.
- Alterações frequentes de humor e comportamento.
- Mudanças na personalidade.
- Perda de iniciativa para realizar atividades.
À medida que a doença avança, funções mentais como linguagem, orientação espacial, e regulação emocional são gravemente afetadas. Nas fases mais avançadas, ocorrem prejuízos motores, e a pessoa se torna totalmente dependente.
Prevenção do Alzheimer
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Alimentação saudável: Priorize vegetais, sementes e peixes, limitando açúcares, carboidratos refinados, e gorduras saturadas. A dieta mediterrânea tem mostrado potencial na prevenção de demências. Nutrientes como ômega-3, vitamina E e resveratrol (presente na uva) estão associados a uma redução de risco, embora não haja evidências suficientes para recomendar suplementos.
Prática de atividades físicas: Exercícios regulares beneficiam não só a saúde física, mas também as funções cognitivas.
Hábitos saudáveis: Controle de doenças crônicas como hipertensão e diabetes, dormir bem, evitar tabagismo e álcool, e consultas médicas regulares são essenciais.
Vida social ativa: Manter-se socialmente e intelectualmente engajado, através de hobbies, cursos, e interação com amigos, pode construir uma reserva cognitiva, potencialmente adiando os sintomas da doença.