Parlamentar foi detida em sua residência; namorado também foi preso em Minas Gerais por suspeita de integrar organização criminosa
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Foto: Mikaela Ramos/TV Cidade Verde |
A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi presa na manhã desta quinta-feira (3) em sua residência, no bairro Jóquei, zona Leste de Teresina, durante uma operação da Polícia Federal. A investigação apura crimes eleitorais, possível envolvimento com facções criminosas e compra de votos financiada por organizações ilícitas.
Segundo a PF, há indícios de que a campanha eleitoral de Tatiana Medeiros tenha recebido recursos ilegais e que sua eleição, em 2024, com 2.925 votos, tenha sido apoiada por uma facção criminosa.
Namorado da vereadora é preso em Minas Gerais
No mesmo dia da operação, o namorado da vereadora, Alandilson Cardoso Passos, foi preso em Minas Gerais sob suspeita de integrar uma organização criminosa. No momento da detenção, ele estava acompanhado de Tatiana Medeiros e possuía uma passagem comprada para São Paulo.
Alandilson já era alvo de investigações na Operação Denarc 64 e responde por crimes como tráfico de drogas, roubo qualificado e posse irregular de arma de fogo. A PF aponta que ele teria ligações diretas com uma facção criminosa que opera na capital piauiense.
PSB analisa situação da parlamentar
Em nota, o PSB afirmou que ainda não tomou uma decisão definitiva sobre o caso da vereadora.
"Sobre a situação da vereadora, o partido ficou sabendo junto com a imprensa e precisa ter acesso ao inquérito para estabelecer os devidos processos legais, como já foi feito anteriormente", informou a sigla.
No último final de semana, o partido já havia anunciado o afastamento de Tatiana Medeiros do cargo de secretária-geral do diretório municipal em Teresina. A legenda também abriu um processo na comissão de ética para avaliar sua conduta durante a campanha eleitoral.
Histórico de investigações
Tatiana Medeiros também já havia sido alvo da Polícia Federal na Operação Escudo Eleitoral, quando foram realizadas buscas no Instituto Vamos Juntos, entidade fundada por ela na zona Norte de Teresina. Durante a ação, agentes apreenderam R$ 100 mil em espécie.
Mesmo diante das investigações e sanções partidárias, a vereadora nega qualquer envolvimento com crimes. Em entrevista ao Jornal do Piauí na última terça-feira (1º), ela afirmou que não responde a nenhum processo criminal, cível ou eleitoral e classificou as medidas do PSB como parte de uma “perseguição”.
Fonte: Cidade Verde