Nova Faixa 4 terá financiamento de imóveis até R$ 500 mil, com juros de 10,5% ao ano e parcelas em até 35 anos
![]() |
Foto: Ricardo Stuckert |
O Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) deu mais um passo para incluir a classe média no acesso à moradia financiada. A partir de maio, entra em vigor a Faixa 4, nova categoria que permite o financiamento de imóveis novos e usados de até R$ 500 mil para famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil.
A iniciativa foi aprovada na última terça-feira (15) pelo Conselho Curador do FGTS e traz juros de 10,5% ao ano, em até 420 parcelas mensais. As condições são mais atrativas do que as taxas praticadas no mercado — entre 11,5% e 12% ao ano para esse tipo de operação — e devem contemplar até 120 mil famílias apenas em 2025.
Veja como ficaram as faixas de renda do MCMV:
-
Faixa 1: até R$ 2.850 (subsídio de até 95%)
-
Faixa 2: de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil (subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos)
-
Faixa 3: de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil (juros facilitados, sem subsídio)
-
Faixa 4: de R$ 8 mil a R$ 12 mil (juros de 10,5% ao ano e limite de R$ 500 mil por imóvel)
Recursos e regras da Faixa 4:
O novo financiamento será possível graças a R$ 30 bilhões liberados para a nova faixa, sendo:
-
R$ 15 bilhões de lucros do FGTS, originados dos rendimentos do fundo;
-
R$ 15 bilhões de fontes privadas (poupança e Letras de Crédito Imobiliário - LCI).
Trabalhadores sem saldo no FGTS também poderão financiar pela Faixa 4, já que os recursos não virão diretamente das contas vinculadas, e sim dos lucros anuais do fundo.
Entretanto, existem restrições:
-
Apenas para compra do primeiro imóvel;
-
Financiamento de até 80% do valor do imóvel — o restante deve ser pago pelo comprador;
-
Imóveis usados são permitidos, desde que seja o primeiro imóvel do beneficiário.
Ampliação para as faixas de baixa renda
Outra novidade é que famílias das Faixas 1 e 2 poderão financiar imóveis com valor de até R$ 350 mil, antes permitido apenas para a Faixa 3. No entanto, para esse teto ampliado, os juros aplicados serão os da Faixa 3, sem os subsídios que normalmente beneficiam as faixas mais baixas.
A meta do governo é fechar o ano de 2026 com 3 milhões de unidades habitacionais contratadas, somando todas as faixas. Com a nova Faixa 4, o Minha Casa, Minha Vida amplia seu alcance e reforça seu papel como política pública habitacional também para a classe média.
Fonte: Agência Brasil