Dólar cai para R$ 5,68 e fecha no menor valor em quatro meses

 Moeda norte-americana atinge menor valor em quatro meses, enquanto Ibovespa sobe 1,46%

Foto: Reuters/Mike Segar/Proibida reprodução

O mercado financeiro brasileiro teve um dia de forte otimismo nesta segunda-feira (17), com o dólar fechando abaixo de R$ 5,70 pela primeira vez em quatro meses e a bolsa de valores registrando sua quarta alta consecutiva, alcançando o maior patamar desde outubro de 2024.

O dólar comercial encerrou o pregão vendido a R$ 5,686, com uma queda expressiva de 0,99% (R$ 0,57). Durante todo o dia, a moeda operou em baixa, atingindo a cotação mínima de R$ 5,66 por volta das 16h, antes de um leve ajuste com investidores aproveitando o preço mais baixo para realizar compras. Com essa desvalorização, a moeda norte-americana acumula queda de 7,99% no ano, chegando ao menor nível desde 7 de novembro de 2024, quando fechou a R$ 5,67.

Enquanto isso, o índice Ibovespa, principal referência do mercado acionário brasileiro, subiu 1,46%, atingindo 131.213 pontos. Esse é o maior nível do índice desde 28 de outubro do ano passado. O movimento de alta foi impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho das ações de empresas dos setores de petróleo, mineração e bancos.

Fatores que impulsionaram o mercado

O cenário positivo para os ativos brasileiros foi impulsionado por uma combinação de fatores internos e externos:

1. Dados econômicos positivos no Brasil
A divulgação de que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou crescimento de 0,9% em janeiro, superando as expectativas do mercado, trouxe confiança aos investidores. O dado indica um ritmo forte da economia brasileira no início do ano, favorecendo empresas ligadas ao consumo e setor financeiro.

2. Estímulos da China
No cenário internacional, um pacote de estímulo econômico anunciado pelo governo chinês beneficiou países emergentes, especialmente aqueles com forte dependência da exportação de commodities, como o Brasil. A China é um dos principais compradores de matérias-primas brasileiras, e a perspectiva de crescimento na demanda impactou positivamente os preços das commodities.

3. Alta no petróleo e tensões geopolíticas
O preço do petróleo Brent subiu para mais de US$ 70 por barril, impulsionado pelos recentes ataques aéreos dos Estados Unidos ao Iêmem. A valorização do petróleo beneficia diretamente empresas do setor energético, que tiveram ganhos expressivos no pregão.

4. Perspectiva de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia
Outro fator que trouxe mais tranquilidade aos investidores globais foi a possibilidade de um cessar-fogo no conflito entre Rússia e Ucrânia. A redução da tensão geopolítica tem impacto direto no apetite por ativos de risco e contribui para a valorizção das bolsas.

Expectativas para os próximos dias

Os analistas de mercado seguem acompanhando o comportamento do câmbio e dos índices acionários, avaliando o impacto de novas medidas econômicas tanto no Brasil quanto no exterior. Com o mercado global ainda volátil, as projeções indicam que o dólar pode continuar sua tendência de queda, desde que o ambiente macroeconômico siga favorável.

No mercado de ações, a expectativa é que os investidores mantenham o otimismo, principalmente se os indicadores econômicos continuarem mostrando crescimento e a liquidez internacional permanecer elevada. No entanto, fatores como política monetária nos Estados Unidos e tensões geopolíticas ainda podem influenciar a volatilidade dos mercados nas próximas semanas.

Fonte: Agencia Brasil

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