Portaria assinada pela ministra Marina Silva estabelece períodos críticos de seca e facilita contratação de brigadistas para combater queimadas em 2025 e 2026.
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Foto: Jader Souza /AL Roraima/Divulgação |
O governo federal declarou, nesta quinta-feira (27), estado de emergência ambiental por risco de incêndios florestais em todas as cidades do Piauí para os anos de 2025 e 2026. A portaria, assinada pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, estabelece períodos críticos de seca em diferentes regiões do estado, quando o risco de incêndios será mais elevado.
De acordo com o documento, as cidades do Sudoeste do Piauí enfrentarão maior risco de fogo entre maio e dezembro de 2025. Já as regiões centro-norte, norte e sudeste do estado estarão em alerta de junho de 2025 a janeiro de 2026. A medida tem como objetivo antecipar ações de prevenção e combate às queimadas, permitindo a contratação emergencial de brigadistas e a adoção de estratégias específicas para cada área.
Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), reforçou que a identificação dos períodos críticos por região fortalece a estratégia de combate. "Assim, temos mais clareza do esforço e da movimentação dos brigadistas nas diferentes áreas durante o ano", explicou.
Além disso, a estrutura contará com 15 helicópteros, 2 aviões de transporte, 10 aviões para lançamento de água, 340 camionetas operacionais, 199 veículos especializados e 50 embarcações. A medida busca superar um dos principais desafios enfrentados em 2024, quando a falta de aeronaves adequadas para lançar água foi apontada como um entrave no combate aos incêndios.
O recorde de queimadas contrasta com as promessas do governo Lula (PT) de reverter os danos ambientais do governo anterior. Embora o desmatamento tenha caído nos últimos dois anos, os incêndios dispararam. A pasta ambiental atribui o aumento à combinação de fatores climáticos, como a maior seca em 70 anos, e à ação criminosa de grupos que utilizam o fogo para desmatar e invadir áreas de floresta.
Fonte: Cidade Verde