Ministro afirmou que reajuste estava "sobre a mesa", mas governo descarta discussão sobre o tema
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| Ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias. — Foto: Reprodução/GloboNews |
A Casa Civil da Presidência da República negou, nesta sexta-feira (7), qualquer possibilidade de aumento no valor do Bolsa Família, contrariando declarações do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT-PI). O ministro havia afirmado, em entrevista à agência de notícias DW, que um reajuste no benefício estava "na mesa" e poderia ser decidido até março.
Na entrevista, Dias explicou que o governo avaliava formas de minimizar o impacto da alta nos preços dos alimentos sobre as famílias em situação de vulnerabilidade. "Vamos tomar uma decisão dialogando com o presidente, porque isso repercute. Será um ajuste? Será um complemento na alimentação?", afirmou, reforçando que a discussão sobre um possível aumento estava em andamento.
Poucas horas após a publicação da entrevista, a Casa Civil divulgou uma nota oficial negando qualquer estudo ou planejamento sobre reajuste no benefício.
Nota da Casa Civil
"A Casa Civil da Presidência da República informa que não existe estudo no governo sobre aumento do valor do benefício do Bolsa Família. Esse tema não está na pauta do governo e não será discutido."
Entenda o Bolsa Família
Atualmente, o programa Bolsa Família garante um valor mínimo de R$ 600 por mês às famílias beneficiadas. O valor pode ser maior dependendo da composição familiar, como o número de filhos e suas idades.
Para se qualificar ao programa, a renda mensal por pessoa na família deve ser de até R$ 218. Além disso, os beneficiários devem cumprir compromissos como:
- Garantir a frequência escolar de crianças e adolescentes;
- Fazer acompanhamento pré-natal para gestantes;
- Manter a carteira de vacinação atualizada.
O cadastro no Bolsa Família é feito por meio do Cadastro Único (CadÚnico), plataforma utilizada pelo governo federal para programas sociais. No entanto, estar cadastrado não significa entrada automática no programa, pois cada benefício tem critérios específicos de seleção.
Com o desmentido da Casa Civil, o governo Lula sinaliza que, pelo menos por enquanto, não pretende alterar os valores do Bolsa Família, apesar das pressões por medidas para aliviar o impacto da inflação sobre os mais pobres.
Fonte: G1
