Brics reforça unidade diante de ameaças de Trump

Bloco liderado pelo Brasil responde a ataques e defende multilateralismo

Foto: Brics/Divulgação

O Brasil encerrou, nesta quinta-feira (13), a primeira reunião do Brics sob sua presidência, destacando a importância da cooperação entre as maiores economias emergentes. Horas depois do encontro, o ex-presidente dos EUA Donald Trump declarou que ‘o Brics morreu’, em mais um ataque ao grupo que vem ganhando força no cenário global.

Desde o final de 2024, Trump tem ameaçado abertamente o bloco, especialmente por conta das discussões sobre uma moeda alternativa ao dólar. A postura do americano segue sua linha de ataques a instituições multilaterais, como a ONU e a OMS, das quais já retirou os EUA em mandatos anteriores.

Em resposta indireta, o Brics divulgou um comunicado reforçando a importância da diplomacia e do multilateralismo diante das tensões geopolíticas. O documento condena o "unilateralismo insensato" e o avanço do extremismo no mundo, ressaltando o papel do grupo na busca por soluções globais.

A chefe de assessoria internacional do Ministério do Trabalho, Maíra Lacerda, afirmou que os ataques de Trump apenas validam a importância do Brics.

"Se não fosse um grupo relevante, ninguém estaria falando dele. A tendência é que esses países se unam ainda mais", declarou.

O Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu-se recentemente para incluir Egito, Irã, Emirados Árabes, Etiópia e Arábia Saudita. A agenda do bloco inclui debates sobre inteligência artificial, crise climática e novas estratégias econômicas.

Diante das ameaças de Trump, que prometeu tarifar em 100% produtos vindos do Brics caso o bloco avance com sua moeda alternativa, os países membros reforçaram a necessidade de fortalecer sua autonomia econômica e buscar novas estratégias para o comércio internacional.

Fonte: UOL

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem