Brasil cria 137,3 mil empregos formais em janeiro e ministro critica pessimismo do mercado

Setor industrial lidera geração de vagas; Luiz Marinho contesta previsões negativas sobre economia
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil registrou a criação de 137.303 empregos formais em janeiro, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira (26). O saldo positivo resulta de 2.271.611 admissões e 2.134.308 desligamentos no período.

Com o novo número, o total de trabalhadores com carteira assinada no país chegou a 47.341.293 vínculos ativos, representando um crescimento de 0,29% em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025, foram criados 1.650.785 postos de trabalho.

Alta no salário médio de admissão

O levantamento também apontou um aumento real no salário médio de admissão. Em janeiro, o valor inicial pago aos novos trabalhadores foi de R$ 2.251,33, representando um acréscimo de R$ 89,02 (ou 4,12%) em relação a dezembro do ano passado.

Ministro critica previsões do mercado financeiro

Ao divulgar os números, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, voltou a criticar o que chamou de "pessimismo injustificado" do mercado financeiro em relação ao desempenho da economia brasileira.

"Vejo com estranhamento esse tal de mercado dizer que saldo positivo de emprego é um mal. Eu não consigo entender que isso seja um problema", afirmou. Segundo Marinho, o Banco Central deve monitorar os juros dialogando com o setor produtivo para garantir que a economia continue crescendo sem gerar pressões inflacionárias.

O ministro também relembrou previsões equivocadas sobre o PIB de 2023, quando analistas projetaram um crescimento máximo de 0,7%, mas o resultado final foi de 3,2%. Para 2024, a previsão inicial do mercado era de apenas 1%, mas o país cresceu 3,8%.

"Não sei qual é a desse tal mercado que nem CPF apresenta. Precisamos ensinar como se faz uma projeção correta, entendendo que a economia vai além da macroeconomia e também reage às políticas públicas, como o aumento real do salário mínimo", concluiu.

Setores com maior geração de empregos

Entre os cinco grandes setores da economia, quatro tiveram saldo positivo de empregos formais em janeiro:

Indústria Geral: +70.428 novos postos de trabalho
Serviços: +45.165 novos postos
Construção Civil: +38.373 novos postos
Agropecuária: +35.754 novos postos

Por outro lado, o Comércio foi o único setor a apresentar saldo negativo, com uma redução de 52.417 empregos.

Geração de empregos por região

Das cinco regiões do país, quatro registraram aumento no número de trabalhadores com carteira assinada:

🔹 Sul: +65.712 postos de trabalho (+0,76%)
🔹 Centro-Oeste: +44.363 postos (+1,06%)
🔹 Sudeste: +27.756 postos (+0,12%)
🔹 Norte: +1.932 postos (+0,08%)

Já o Nordeste foi a única região a apresentar queda no saldo de empregos formais, com uma redução de 2.671 postos (-0,03%).

Estados que mais geraram empregos

Entre os estados, São Paulo liderou a geração de postos formais, seguido por Rio Grande do Sul e Santa Catarina:

🏆 São Paulo: +36.125 novos postos (+0,25%)
🥈 Rio Grande do Sul: +26.732 postos (+0,94%)
🥉 Santa Catarina: +23.062 postos (+0,90%)

Os estados com maior perda de empregos foram Rio de Janeiro, Pernambuco e Pará:

Rio de Janeiro: -12.960 postos (-0,33%)
Pernambuco: -5.230 postos (-0,34%)
Pará: -2.203 postos (-0,22%)

Em termos proporcionais, o estado que apresentou maior crescimento relativo foi Mato Grosso, com alta de 2,07% no número de empregos formais, totalizando +19.507 postos.

Expectativas para os próximos meses

Com o saldo positivo registrado em janeiro, o governo espera manter a tendência de crescimento no mercado de trabalho ao longo de 2025, impulsionado por investimentos em infraestrutura, fortalecimento da indústria e políticas de valorização do salário mínimo.

Fonte: Agência Brasil

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