Presidente do Senado afirma que tema não deve dividir a sociedade e destaca que julgamento cabe ao STF
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Presidente do Senado, Davi Alcolumbre - Imagem reprodução |
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), declarou que a proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 não deve ser tratada como prioridade no Congresso. Segundo ele, o tema não faz parte da pauta dos brasileiros e não deve alimentar divisões na sociedade.
“Isso não é um assunto que nós estamos debatendo. Quando a gente fala desse assunto em todo instante, a gente está dando, de novo, a oportunidade de nós ficarmos, na nossa sociedade, dividindo um assunto que não é um assunto dos brasileiros”, afirmou Alcolumbre.
O senador defendeu que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas deve seguir um tratamento estritamente jurídico, sem influências políticas no parlamento. “Ter a compreensão e a confiança que no Judiciário isso se tratará dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação brasileira e pelas leis, com imparcialidade, com cautela. Não é adequado transformar isso em procedimento político”, completou.
A fala de Alcolumbre ocorre em meio a pressões de aliados de Bolsonaro para acelerar a tramitação do projeto de lei que concede anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. A mobilização ganhou força após a PGR apresentar denúncia contra Bolsonaro, apontando que o ex-presidente teria liderado uma conspiração para permanecer no poder, chegando a cogitar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Os acusados negam as acusações e alegam perseguição política. Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou estar "estarrecida e indignada" com a denúncia, destacando que o ex-presidente "jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam", declarou o advogado Paulo Cunha Bueno.
Fonte: Agência Brasil