Presidente Lula se reúne com Ursula Von Der Leyen, presidente da União EuropeiaImagem: Presidência da República/Divulgação |
Após décadas de intensas negociações, Mercosul e União Europeia firmaram o maior acordo comercial e de investimentos do mundo, conectando mais de 700 milhões de pessoas. A parceria, considerada um marco histórico, busca fortalecer laços econômicos e políticos entre as regiões, mas enfrenta desafios para ratificação na Europa devido a resistências internas e demandas ambientais.
Principais avanços do acordo
O pacto prevê a redução de tarifas e a ampliação do acesso a mercados. Para o Brasil, destacam-se:
- Eliminação de tarifas para bens como etanol, açúcar e carne, com cotas específicas.
- Proteção de áreas estratégicas como saúde, pequenas e médias empresas, e compras públicas do SUS.
- Investimentos sustentáveis, alinhados ao Acordo de Paris e à preservação da Amazônia.
A União Europeia, por sua vez, garantiu maior acesso ao mercado do Mercosul para bens industriais, automóveis e vinhos, além de economias estimadas em €4 bilhões para suas empresas.
Resistências e desafios
A ratificação do acordo enfrenta oposição de países como França, Holanda e Polônia, que destacam preocupações com impactos ambientais e a competitividade de seus agricultores. No Brasil, os debates giram em torno da proteção de setores estratégicos e das contrapartidas exigidas.
Impactos geopolíticos e econômicos
Além de fortalecer o Mercosul em meio a críticas de líderes como Javier Milei, o acordo visa contrabalançar a influência crescente da China na América Latina e enviar uma mensagem contra o protecionismo global.
O pacto é visto como uma oportunidade histórica para aprofundar a integração econômica, mas também como um teste de cooperação política entre as duas regiões.