Nova estratégia nacional de combate ao Aedes com larvicida

 Objetivo é reduzir população do mosquito, especialmente em grandes cidades.

Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados

O Ministério da Saúde anunciou a ampliação da estratégia desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Transformada em política pública nacional, a medida visa diminuir a população do inseto, principalmente em grandes centros urbanos.

A técnica emprega Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), que são potes com água parada que atraem as fêmeas do mosquito. Ao tentarem depositar seus ovos, as fêmeas entram em contato com um tecido impregnado com larvicida piriproxifeno, que adere ao corpo dos mosquitos e é levado a outros criadouros, impedindo o desenvolvimento de ovos e larvas.

Conforme a nota informativa 25/2024 da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, a adoção das EDLs seguirá cinco etapas: manifestação de interesse do município, assinatura de acordo de cooperação técnica com o Ministério e a Fiocruz, validação da estratégia com a secretaria de saúde estadual, capacitação dos agentes locais e monitoramento da implementação. Inicialmente, 15 cidades com alta incidência de dengue, zika e chikungunya e uma equipe técnica preparada foram selecionadas para o projeto.

Desenvolvidas pela Fiocruz desde 2016, as EDLs mostraram bons resultados em testes realizados em 14 cidades brasileiras até 2022. A estratégia permite superar barreiras de outros métodos, pois o próprio mosquito dissemina o larvicida, atingindo criadouros inacessíveis.

Além das EDLs, o Ministério da Saúde recomenda outras tecnologias no combate ao Aedes aegypti, como ovitrampas para monitoramento de populações, borrifação residual intradomiciliar com inseticida, técnica do inseto estéril por irradiação (TIE) e o Método Wolbachia, que envolve a introdução de uma bactéria nos mosquitos para bloquear a transmissão de vírus.

A implementação dessas novas tecnologias exige um plano de ação municipal e a identificação das áreas prioritárias. As intervenções tradicionais, como eliminação de água parada e visitas de agentes sanitários, continuam sendo essenciais para o controle do mosquito.

Fonte: Agência Brasil

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