 |
| Amália Barros, deputada federal por Mato Grosso, tinha 39 anos — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados |
A política Amália Barros, conhecida por sua determinação e dedicação às causas das pessoas com deficiência, deixa um legado de luta e inspiração.
Na madrugada deste domingo (12), um comunicado oficial em sua conta no X (antigo Twitter) confirmou a triste notícia: Amália Barros, aos 39 anos, nos deixou. Internada desde o dia 1º de maio devido a complicações decorrentes de um nódulo no pâncreas, ela travou uma batalha incansável até seu último suspiro.
Eleita deputada federal por Mato Grosso em 2022, Amália não apenas ocupou uma cadeira no Congresso, mas também dedicou seu tempo e energia para ser a voz dos que muitas vezes são esquecidos. Como vice-presidente do PL Mulher nacional, e membro das comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher e da Educação na Câmara dos Deputados, ela lutou incansavelmente por justiça e igualdade.
Nascida em Mogi Mirim, São Paulo, Amália enfrentou desde cedo desafios imensuráveis. A perda de visão em um de seus olhos aos 20 anos, devido a uma toxoplasmose, poderia ter sido um obstáculo intransponível. No entanto, ela transformou sua dor em força, passando por 15 cirurgias e se tornando um símbolo de superação.
Adotando o gesto característico de cobrir seu olho esquerdo, Amália não apenas enfrentou seus próprios demônios, mas também se tornou uma defensora incansável dos direitos das pessoas monoculares. Sua luta inspirou a Lei 14.126/2021, que reconhece a visão monocular como uma deficiência sensorial.
Além disso, seu compromisso com a causa a levou a fundar o Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular, anteriormente conhecido como Instituto Amália Barros. Através dele, ela liderou campanhas de conscientização, doações de próteses oculares e prestou assistência vital às pessoas afetadas.
Amália Barros deixa um vazio imensurável não apenas na política, mas nos corações daqueles que foram tocados por sua coragem e determinação. Sua partida deixa um desafio para todos nós: continuar sua luta por um mundo mais justo e inclusivo. Que sua memória seja uma fonte de inspiração para as gerações futuras.
Fonte: G1
