Geraldo Alckmin critica ações de Israel em Gaza, chamando-as de inconcebíveis

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Vice-Presidente Geraldo Alckmin recorreu às redes sociais na sexta-feira para expressar seu choque e condenação ao ataque de Israel durante a entrega de ajuda humanitária em Gaza na quinta-feira, resultando em mais de 100 mortes. O incidente ocorreu quando soldados israelenses, facilitando a distribuição, foram acusados pelo governo do Hamas de abrir fogo contra os palestinos, deixando cerca de 750 pessoas feridas.


Em uma postagem na plataforma X (anteriormente Twitter), Alckmin afirmou: "Fiquei absolutamente chocado com a notícia do ataque a civis palestinos na Faixa de Gaza, perpetrado por forças militares israelenses, que vitimaram dezenas de pessoas e feriram centenas de outras. Obstruir o acesso de indivíduos à ajuda humanitária é inconcebível em qualquer perspectiva, e atirar em civis viola os princípios mais básicos da humanidade".



Alckmin enfatizou a importância de defender a paz, ecoando as críticas do ex-presidente Lula ao conflito entre Israel e Hamas. "Lutar pela paz, como defende o Presidente Lula, não é apenas uma opção, mas um imperativo ético que deve guiar todos os esforços da comunidade internacional neste momento. Devemos dar o primeiro passo rumo à paz: um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns e a entrada de assistência humanitária", concluiu.

Proposta de Lula na Cúpula da Celac

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva também abordou a situação durante a 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em São Vicente e Granadinas. Lula propôs uma moção pelo "fim do genocídio" em Gaza, condenando Israel por impor "punição coletiva" ao povo palestino. Ele instou os países da Celac a dizer "basta" ao que chamou de "carnificina".

Durante a cúpula, Lula afirmou: "Pessoas estão morrendo na fila para conseguir comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante. Quero aproveitar a presença do nosso querido Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio". Ele enfatizou a necessidade de interromper a carnificina para a sobrevivência da humanidade.

Mais cedo na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma declaração veementemente crítica à crise humanitária em Gaza e ao ataque de Israel, descrevendo a situação como "intolerável". A declaração condenou as ações do governo israelense e pediu à comunidade internacional que intervenha para evitar mais atrocidades.

Após relatos das mortes palestinas em Gaza, contas anônimas fornecidas a diversos veículos de imprensa sugeriram que as tropas israelenses abriram fogo contra as vítimas enquanto tentavam acessar caminhões com ajuda humanitária. Inicialmente, as Forças de Defesa de Israel negaram ter disparado, atribuindo as mortes a tumultos e brigas. Mais tarde, o porta-voz Daniel Hagari afirmou que tanques de escolta haviam disparado "tiros de aviso", mas continuou a negar que os soldados tivessem atirado na multidão.

Fonte: G1

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