Ciro Nogueira afirma que super-federação com partidos do Centrão está em progresso

 

Flickr/Partido Progressistas

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, afirmou à CartaCapital nesta sexta-feira, dia 1º, que a criação de uma super-federação com o Republicanos está "bem encaminhada", mas ainda carece de definições sobre a sua concretização antes ou depois das eleições municipais deste ano.

A proposta de unir as siglas do Centrão foi concebida em 2022, após as eleições presidenciais, porém, até o momento, não avançou devido a desafios regionais. Caso o PP e o Republicanos se unam, terão uma bancada de 100 parlamentares no Congresso Nacional.

"Está bem consolidada. Sou favorável a essa federação, que se tornaria o maior bloco [partidário] da história do Brasil. Estou muito animado porque [com a federação] uniríamos os grandes partidos de centro", declarou Nogueira.

Em entrevista à CartaCapital nesta semana, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, sugeriu que é "improvável" a formação da federação antes das eleições. Após o pleito, ele vislumbra uma possibilidade maior de concretização da aliança.

Parlamentares das legendas avaliam que a união pode ser crucial para ampliar o poder de influência na sucessão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).

A federação, instituída em 2022, requer que os partidos permaneçam juntos por quatro anos, com um único presidente de representações regionais e candidaturas únicas.

Nogueira e Pereira também buscam atrair o União Brasil para a federação, uma sigla que conta com 59 deputados e 7 senadores. No entanto, enfrentam dificuldades devido a uma disputa política intensa entre os membros da legenda.

Diante das tensões, o presidente do PP tentou mediar a crise no União. Apesar dos esforços, não obteve sucesso.

Questionado sobre o assunto, Nogueira descartou qualquer preocupação com a divisão na legenda. "Não existe receio. Nós temos confiança, temos identidade, que é o mais importante. E, lógico, se vier, vem um partido unido", afirmou.

Com a eleição de Rueda para liderar o partido a partir de junho, dirigentes acreditam que as negociações possam progredir, embora encontrem resistências. Os líderes partidários destacam que o objetivo é formar a federação pelo menos antes das eleições de 2026, visando a sucessão do presidente Lula (PT).

Fonte: Carta Capital

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem