Plenário do Senado Federal, imagem reprodução da web |
As saídas temporárias são benefícios estabelecidos no artigo 122 da Lei de Execuções Penais, aplicáveis a condenados em regime semiaberto que tenham cumprido ao menos um quarto de sua pena. Têm como propósito incentivar a reintegração social, permitindo temporariamente que o preso saia durante feriados e pontos facultativos.
A proposta foi pautada após a aprovação de um requerimento de urgência, eliminando a discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto inclui a realização de exame criminológico para progressão de regime e o uso de tornozeleira eletrônica por presos em regimes abertos, semiabertos ou em progressão para esses regimes.
O relator da proposta é o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que acolheu uma emenda do senador Sergio Moro (União-PR). A emenda sugere a manutenção das saídas temporárias apenas para casos de curso supletivo profissionalizante, ensino médio ou superior.
Prevê-se celeridade no processo legislativo. Embora o projeto tramite no Legislativo há mais de uma década, ganhou destaque após o assassinato do sargento da Polícia Militar de Minas Gerais, Roger Dias, por um presidiário que descumpriu as condições do benefício.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicou que os parlamentares promoverão mudanças no sistema prisional, defendendo a revisão do Código Penal e dos institutos penais existentes, como livramento condicional, comutação e indulto, bem como as saídas temporárias. Ele ressaltou a recorrência de crimes relacionados a essas saídas, que ao invés de promoverem a ressocialização, têm sido usadas para conceder liberdade a indivíduos inadequados.
Além das "saidinhas", a pauta do Senado inclui a discussão de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta o tempo de serviço exigido para militares federais concorrerem em eleições sem perderem a remuneração, passando de 10 para 35 anos. Outro ponto em pauta é o projeto que trata da estrutura do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), propondo o aumento de 11 para 12 no número de integrantes do órgão.
Fonte: Último Segundo
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