Carlos Bolsonaro Liderava 'Gabinete do Ódio', Revela Delator na PF

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) Imagem: Renan Olaz/CMRJ

Em uma reviravolta surpreendente, o tenente-coronel Mauro Cid, em sua delação premiada assinada com a Polícia Federal, afirmou que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) comandava o "gabinete do ódio". Este grupo, composto por assessores do Palácio do Planalto, é responsável por publicações em redes sociais investigadas por ataques a adversários e instituições democráticas.

Além disso, Cid vinculou diretamente Jair Bolsonaro à disseminação de notícias falsas, confirmando suspeitas da PF após encontrar mensagens do ex-presidente enviadas ao celular do empresário Meyer Nigri. A delação foi homologada pelo STF em setembro, resultando na libertação de Cid.

O "gabinete do ódio", formado por Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz, teve suas estratégias dirigidas por Carlos Bolsonaro, segundo Cid. O vereador comandava o grupo, responsável por ataques a instituições democráticas, conforme investigações anteriores.

As revelações indicam uma possível influência de Carlos no surgimento de movimentos antidemocráticos, alimentando desconfianças sobre o processo eleitoral. Em depoimento à PF, Carlos negou responsabilidade nos ataques e desvinculação da comunicação do governo federal.

Mauro Cid também relacionou Jair Bolsonaro à disseminação de conteúdo falso, acusando o ex-presidente de usar seu telefone celular para encaminhar mensagens com notícias falsas. A PF já encontrou provas desse método durante as investigações.

As revelações de Cid colocam Carlos e Jair Bolsonaro em foco nas investigações sobre milícias digitais e atos antidemocráticos, gerando repercussões políticas significativas. A defesa de Jair Bolsonaro negou irregularidades, enquanto Carlos e outros assessores também negaram as acusações.

Outro lado

Procurada, a defesa de Jair Bolsonaro negou irregularidades e fez críticas à delação de Mauro Cid. "O eminente procurador leu toda a peça e concluiu que a mesma é fraca e desprovida de qualquer elemento de prova. A 'delação', segundo o procurador, mais se parece com uma confissão e o mesmo, por reiteradas vezes, disse que nada se aproveita", afirmou em nota o advogado Fábio Wajngarten.

Carlos Bolsonaro, Tércio, José Matheus e Matos Diniz negaram em depoimentos prestados anteriormente à Polícia Federal terem disseminado ataques às instituições democráticas.

Fonte: Aguirre Talento - Colunista do UOL

 


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